domingo, julho 16, 2006

me Liga, vai!

Não é relevante se a Copa foi atractiva, entusiasmante, empolgante ou simplesmente combativa. O mais importante é que este ano fomos poupados às férias dos craques. E só isso, per si, já pedia um Campeonato do Mundo todos os anos. Lá ficaram na gaveta dos telejornais os jogos algarvios com os jogadores mais cotados da nossa Liga a mostrar mais barriga que serviço, e mais sorrisos que técnica; lá ficou por aparecer o Paulo China que, sem se saber como, se tornou mais conhecidos que o homem dos plásticos; resumindo, o folclore do Verão nacional voltou às mãos dos portuguses dos baixos salários e das altas dívidas.
Agora eles, heróis da super liga nacional, já por aí andam, a puxar pelo físico, a mostrar serviço. Já têm público, já têm resultados para mostrar, e já fazem capa dos três diários desportivos (esses mesmo com que envergonhamos os países que se dizem nos ser superiormente literados). Os outros também já por aí andam, e assim como os jogadores, os discursos presidenciais, e das demais figuras, também parecem ser os mesmos. A nossa soap opera preferida parece arriscar pouco na sua nova época.
Para que conste, logo desde início, a coisa por aqui anda um bocado desiquilibrada, com a lagartagem com maioria simples. Fica-lhes bem, lidam bem com as derrotas, não causam mau ambiente, no fundo são boa rapaziada. Depois uma das meninas torce pelos milhafres, o mesmo para um dos ausentes, 2 em 6 milhões não é mau... Claro que tudo isto é irrelevante, porque como torço pelo FCP, as constantes vitórias do emblema azul e branco hão-de ser sempre fruto de algo mais que transcende o futebol, e há-de haver quem invoque o meu poder por estas bandas. Enfim, o discurso pós-Salazarento do costume, saudoso de quando as ditaduras da Península protegiam os clubes das capitais.
Let the show begin...

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