sábado, abril 29, 2006

Notícias da Região

A esplanada do Nilo está de volta.
De resto, tudo na mesma.


sexta-feira, abril 28, 2006

Para fechar Abril

A propósito de Abril, aconselho vivamente a leitura integral de texto de António José Saraiva, publicado no Diário de Notícias de Lisboa, em 26 de Janeiro de 1979, e que o Alma Lusíada transcreveu.

"Em resumo, não se fez a liquidação do antigo regímen, como não se fez a descolonização. Uns homens substituiram outros, quando os mesmos não substituiram os mesmos; a um regímen monopartidário substituiu-se um regímen pluripartidário. Mas não se estabeleceu uma fronteira entre o passado e o presente. Os nossos homens públicos contentaram-se com uma figura de retórica: «a longa noite fascista»."

quinta-feira, abril 27, 2006

Discurso do Presidente, Vol.I/No.3

Não se julge que se esgota o folclore de Abril nos cravos à lapela. Há que contar ainda com autocolantes, rimas e outros cantares. Espaço de convergência de todo eles, a manifestação, é também a mais exigente prova para todos os intervenientes das festividades. Aliás, só assim se explica a indisponibilidade de Partido Comunista e Bloco de Esquerda para aplaudir o apelo de inclusão social do Presidente da República como, certamente, tanto desejariam fazer. O perigo de lesão era real...

Discurso do Presidente, Vol.I/No.2

A esquerda vive obcecada com a exclusividade das conquistas do Abril, mas ainda têm mais obsessão pelo folclore dos cravos vermelhos. Quando o "Presidente de direita", a 25 de Abril de 2006, puxou a si as preocupações sociais e deixou cair o cravo foi vê-los correr pelo que os preocupava realmente... a flor.

Discurso do Presidente, Vol.I/No.1

Há quem tenha ficado admirado pela ausência de comentário por parte do Presidente da República, no seu discurso de 25 de Abril, sobre as famosas faltas dos deputados no dia 12 do corrente. A este propósito, será de aguardar pedido de desculpa e a oferta duma assinatura anual por parte do jornal Expresso, assim como uma demonstração pública do senhor Manuel Alegre a morder a própria língua, com a veemência do costume.
Até lá, vale a pena teorizar sobre essa lacuna no discurso: se Cavaco, no seu período pré-presidencial, aludia a teorias económicas, para através da expressão 'má moeda', explicar a qualidade da generalidade dos nosso políticos; a verdade é que obteve da parte da Assembleia da República, resposta ao mesmo nível, pois como ficou entendido mais do que com má moeda, o que o País vive mesmo é... com falta de moeda! Perante tão cabal resposta, e dado o nível da mesma, só lhe terá restado o silêncio. Compreensível, de resto...

quarta-feira, abril 26, 2006

Chema Madoz (Madrid, Espanha)


Em Abril águas mil

Amigo Reinaldo, a frase é boa mas sabe que esta malta agarrada ao folclore de Abril gosta é duma boa rima. É disso e de cravos...

segunda-feira, abril 24, 2006

FCP XXI

Reapareceu esta semana, em modelo 'caixa de comentário', o nosso hermano. Eleva o treinador do FCP, para denegrir as gentes do norte, que mete no saco com adeptos e com mais não se percebe bem quem. A frase "não o merecem" sofre de orfandade, Hermano.
Vou deixar que as gentes do norte se defendam por si, mas deixe-me dizer-lhe que não tenho assim como tão relevante o que essa massa anónima pensa sobre Co Adriaanse. No FCP tudo deve ser entendido em referência a um homem: Jorge Nuno Pinto da Costa. E como tal, interessa saber porque escolhe, segura e fortalece ele, um treinador que tanto dividiu, que em momentos vários falhou e que nem sempre soube perceber a mística do clube. E é na resposta a essa questão que reside todo o novo paradigma em que o clube se vê mergulhado: um clube que procura largar a imagem de bairrismo, dos Pedrotos, mas também dos Octávios, orgulhoso desse passado, mas, que percebe que para se afirmar, crescer, o caminho é outro; um clube que se pretende afirmar pela positiva, quer tal se materialize num futebol de ataque, personalizado, de qualidade, quer se materialize num discurso menos provocativo, mas assertivo, firme.
O treinador afável, o corte de relações com as claques ou o pedido de esclarecimento oficial e formal sobre o caso Blatter/Baía não são acontecimentos dispersos. Esteja atento.
E, voces da segunda circular, ainda andam à procura do vosso Pinto da Costa versão anos 80?

domingo, abril 23, 2006

Garage Days

Enquanto a notícia dos nova iorquinos The Strokes em Lisboa (22 de Julho no Lisboa Soundz Festival) é desmentida por parte da promotora Música no Coração, eis que surgem duas datas para os Pearl Jam no Pavilhão Atlântico (4 e 5 de Setembro).

P.S.: O Novo album é um regresso às raízes, com um manifesto rock de guerrilha muito próximo de Vs. e de Vitalogy. Todos os que foram na conversa de Eddie Vedder que anunciava ser este um trabalho mais comercial, enganem-se. Take no hostages!!

3x3x4


sexta-feira, abril 21, 2006

I will survive

Depois de ter sobrevivido a Luanda eis que me mudo para outra zona que está numa fase pós-conflito. Por este andar qualquer dia estou a caminho da Somália ou Sudão. Fiquem a saber que vou morar numa zona onde nenhuma das religiões é predominante. Significa que vou apanhar dos dois lados ou de nenhum.

Respect Thy Neighbour

A nossa rena de serviço está de despedida para o norte, mas ao que parece não vai chegar ao Polo Norte, trocando o branco dos glaciares pelo verde dos campos irlandeses. Entretanto, e que nem seja de passagem, aconselho leitura de artigo do The Economist, pois ao que parece ainda procura Belfast a tranquilidade que certamente merece.

terça-feira, abril 18, 2006

Convenções

Hoje recebi um email a dizer que no próximo dia 4 de Maio vai acontecer uma coisa unica na minha vida! Segundo o que recebi depois da uma da manhã do dito dia teremos um segundo em que a data aparecerá 01:02:03 04 / 05 / 06. Na verdade já vivi esse momento no passado dia 5 de abril. Para quem gosta de escrever a data com o mês primeiro seguido do dia e finalmente o ano este momento unico já passou. Eu, como gosto de seguir toda a gente, aproveito e vivo esse momento duas vezes.

sexta-feira, abril 14, 2006

Alguém os louve

Hipocrisia é os deputados decidirem antecipar as suas mini-férias de Páscoa, e ninguém ser capaz de lhes reconhecer a sua quota-parte de mérito na diminuição ocorrida este ano nas mortes, nos acidentes e na confusão generalizada no trânsito, que são tão tipicos da quadra.

quinta-feira, abril 13, 2006

Concorrência 0 - Instinto Fatal 2

Apesar das mudanças operadas ao intervalo, continua esta segunda parte a trazer mais do mesmo, que é como quem diz: o argumento continua tortuoso como o sistema de jogo do Co Adriaanse e a Sharon Stone continua a fazer fintas de pernas mais diabólicas que o Ricardo Quaresma.

terça-feira, abril 11, 2006

As Donas estão de volta a Casa

Find yourself a girl, and settle down
Live a simple life in a quiet town


Racounters in Steady as she goes


Hoje, algures entre novelas e intervalos intermináveis, retoma a SIC a emissão da multi-premiada Desperate Housewives/Donas de Casas Desesperadas. Entraram discretamente nos hábitos televisivos dos americanos em 2004, para se tornar actualmente num dos programas de referência da ABC. Há quem aponte como chave para o seu sucesso, o facto das mulheres da classe média americana se terem identificado com aquelas personagens principais, já que estas, contrariando a tendência geral das outras séries, não eram teenagers, nem adultas com carreiras de topo. Claro, os homens não precisaram de qualquer razão sociológica para se interessar pela série...

A Catástrofe

"Romano Prodi e os seus aliados herdam uma situação económica catastrófica, com um crescimento nulo, um défice público representando 3,8 por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB) e uma divida estimada em 108 por cento do seu PIB em 2006."

O Público está incendiário, e com razão. Gostei, especialmente, do termo ‘situação económica catastrófica’. Ainda bem que por cá vão havendo crescimentos económicos brutais, superávites orçamentais de fazer inveja e uma dívida pública bem inferior aos 60% do PEC.


segunda-feira, abril 10, 2006

Briooooosa!!!

Apesar de já ter ostentado hoje um certo ar de campeão, ainda que tímido, queria vos falar antes da minha Académica. Depois do caso N'Dinga, depois da palhaçada Braga-Guimarães de há uns anos atrás, cheira-me que estamos na calha para mais uma descida. Parece dificil que Rio Ave ou Guimarães desçam, e a araponga, pelo que se percebeu este fim-de-semana, já está a ser preparada para os lados do Calhabé.
Quando a canalhada faz o que fez a um Senhor como o Nelo Vingada, já vale tudo...

P.S.1: Caty, o teledisco é mesmo muito giro. E é preciso ter muito sentido de humor, pois é uma delícia de auto-ironia que umas das configurações seja reconhecível como tipico Red Hot, com a sua imagem e tiques.

Xbox: Já repararam como a nossa Caty anda a alinhar tantas vezes ao centro? Está bem que ainda não alinha à direita, e não justifica que é a medida mais conservadora, mas começa a ser raro vê-la alinhar à esquerda. Olé!
A rapariga ainda se faz...

quinta-feira, abril 06, 2006

Lost in Bohemia

Então mas sou só eu que ando a sentir, nos novos outdoors da Bohemia, a infinita tristeza que o Bill Murray tinha no Lost in Translation/O Amor é um lugar estranho?!


terça-feira, abril 04, 2006

B de Boring!!!

Para quem não viu, V de Vingança coloca a Inglaterra nas mãos de uma ditadura lunática que um terrorista - não menos lunático - procura travar. Realizado por James McTeigue, é porém obra dos irmãos Wachowski, que aparecem como produtores, e de quem o jovem James foi assistente: o fetichismo dos cabedais e das armas de Matrix ou Bound prolonga-se aqui na máscara, nas rosas, nas facas; assiste-se à conversão definitiva ao messianismo, menos mencionado, mas não menos presente; e ainda temos o equilíbrio entre ideias espertinhas e acção estilizada, umas e outra modernaças, umas e outras a descambarem para o irrelevante.
Há, claro, a Natalie Portman, uma das actrizes mais interessantes da sua geração, mas que parece alérgica à paixão que a camara nutre por ela. É urgente que passe a confiar mais na lente e que perceba que nem sempre intensidade é igual a qualidade. Até lá a Scarlett Johanssen agradece.
Por fim, até podia ser pior: em vez dum tipo com uma máscara podiamos ter o Kanu Reeves. Ganhou-se em densidade dramática...

Som ambiente

Como seria bom que a RTP também fizesse greve amanhã durante o jogo do Benfica. Os abençoados espanhois só teram direito às imagens do jogo e ao som ambiente. Infelizmente por cá vamos ter de ouvir os comentários de àlguem caso queiramos assistir ao jogo com algum som.

Política, USA


Switch on

Hoje vão se conhecer os cerca de 50 casos legais que a Comissão Europeia pretende instaurar contra empresas e Países no sentido de conseguir criar um verdadeiro mercado europeu de energia. Será o início de uma guerra anunciada entre esta instituição e a resistência à mudança que a Europa tem vindo a gerar. Haja é energia...

segunda-feira, abril 03, 2006

Uma Tragédia Americana

Só vos queria avisar que existe uma belíssima história de amor em Uma História de violência. Numa pequena cidade, num estreito universo acolhedor, quasi-Capraiano, Cronenberg constrói uma elegia torturada ao sonho americano. E se não deixa de ser interessante que seja um cinesta nascido no Canadá a edificá-lo, não se torna menos inquietante que a defesa desse sonho seja caucinonada pela força das armas, da violência. O cinesta continua a perturbar, mas está mais depurado, os seus actores menos cabotinos, mesmo que continue a colocar as suas personagens a viver o limite, a obrigá-los a lutar pela tranquilidade.
Em boa hora Hollywood descobriu o filão das novel (para quem não vê a diferença entre o Maus de Art Spiegelman e a Pata Magalógica da Disney: as graphic novel são banda desenhada com pretensões autoriais), e é de salutar o respeito que tem demonstrado pelos materiais. Aqui é a obra de John Wagner e Vince Locke. Mas penso igualmente em Sin City, a ver o que me traz V de Vingança.

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