sábado, maio 06, 2006

O Dia e a Prenda

Amanhã é dia da mãe. A minha não vai receber nada, e não se vai queixar pois sabe, como poucos, a ginástica orçamental que exerce aqui o corpinho financeiro do filho.
Mas até nem se pode queixar. Sejamos claros: aniversário, dia da mulher e agora dia da mãe. E ainda nem passou metade do ano. Em períodos de contenção não se devia repensar tudo isto? Ora, não faria sentido haver uma certa moralidade neste acumular de Dias? Quem é mãe, já é mulher!
Claro que sou um bocadinho ressabiado. Só posso! Não há dia do homem, ainda não sou pai, já não tenho padrinhos vivos, e para ser maior a escandaleira quase que o meu aniversário coincide com o Natal. Quase... pior... não coincide, mas é como se coincidisse, já que o ordenado é o mesmo: "Agora só pode ser isto, que as prendas têm que dar para todos, pode ser que nos teus anos dê para haver mais qualquer coisa". Nunca havia! Nunca!!
Ao menos houvesse um dia do filho. Não há! Pior, eu - felizmente - tenho os meus pais vivos. Espero que assim se mantenham durante muitos anos, mas podia haver um limite para uma pessoa sentir a obrigação de os ofertar. Algo tipo leasing, ao fim de 20 anos de prenda, ficávamos desonerados. Acabavam-se as prestações. Mas não, a coisa é vitalícia. E é a dobrar. Os tipos vivem juntos e ganham todos anos duas prendas! Ainda se estivessem separados! Felizmente não estão. Mas tanta felicidade tem os seus custos...

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